"O SÍNODO"

Por: Priscila Siqueira
(Fraternidade de São José dos Campos e Litoral Norte Paulista)


Meu filho estava passeando por uma rua de Curitiba, Paraná, neste final de semana, quando um senhorzinho veio até ele para lhe entregar um panfleto:

 

- “Pegue esse documento, moço, é de um cardeal que está denunciando o que estão fazendo nesse Sínodo da Igreja Católica. Eles querem que os padres se casem, que mulheres sejam ordenadas, que se dê comunhão para os homossexuais…”

 

Ao que meu filho recrutou:

- “Mas eu concordo com tudo isso…”

 

- “Mas você é contra esse papa comunista, não é?”

- “Claro que não, sou fã dele…”

 

O senhor saiu com o rosto demonstrando um sentimento de frustração e talvez até mesmo, de incompreensão.

 

Incrível como há setores de nossa Igreja que querem que ela seja um museu, como disse o Papa Francisco. E como disseminam seus argumentos entre o Povo de Deus.

 

Segundo o Google, “Sínodo dos Bispos é uma reunião episcopal de especialistas que serve de mecanismos de consulta do Papa. Os convocados têm a função de debater e fornecer material para que ele dê diretrizes ao clero, no documento chamado Exortação Apostólica”.

 

Francisco está dando seu sangue afim de trazer a estrutura de nossa Igreja para o mundo atual: um mundo globalizado onde o que conta é o lucro e não a pessoa humana, onde a maioria das pessoas passam fome ou mal se alimentam, enquanto uma minoria concentra a grana do mundo.

 

Leigos, religiosas e leigas, participaram no Sínodo. Para alguns, esse fato foi um escândalo. Por vezes pensamos que a Igreja é um local de reunião da classe média. Pobre e mendigos só atrapalham.

E quem tem de comandar é sempre um homem, apesar da maioria que frequenta a Igreja seja de mulheres.

 

Na paróquia de São Sebastião, onde eu moro, o pároco, padre Alessandro é muito aberto à população carente da cidade. Então, já há algum tempo, os mendigos assistem a todas as missas que podem. Ficam no fundo a igreja.

 

Porém, há paroquianos que reclamam, dizendo que agora os mendigos pensam que a Igreja é deles... Que bom que é! Afinal, não foi com os marginalizados que Jesus mais se envolveu?

 

As questões delicadas que o Sínodo se propôs a discutir, foram adiadas para o próximo ano quando vai se encontrar outra vez.

 

Tomara que RUAH, o Espírito Feminino da Divindade, ilumine os católicos para que compreendam que a meta de Francisco é fazer a Igreja a voltar a ser uma instituição que oferece Amor, Perdão, Solidariedade, Misericórdia, Compaixão e Empatia com aqueles que não têm voz, nem vez em nossa sociedade.



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