ESTEREÓTIPOS
Irmãs e irmãos de nossa Fraternidade Leiga,
Quem de nós, quando éramos
crianças, não imaginava Deus como um senhor severo e um tanto amável, como um
velho branco, bonito, de barbas e cabelos alvos e longos, provavelmente de
olhos azuis?!
Aliás, era essa a figura de
Deus representada na capela do colégio católico onde eu estudava. Uma cópia do
“deus” de Miguel Ângelo, pintada no teto da capela Sistina, no Vaticano.
Ou então, um Jesus de barbas
aloiradas, de olhos claros?
Interessante retratar assim um
judeu, que vivia num clima quente, onde as pessoas dessa região são morenas e
de baixa constituição. Certamente o Jesus assim retratado é a versão de um
homem europeu, já que foram os europeus que nos colonizaram.
Nosso querido Pai Francisco
tem chamado atenção dos crentes sobre a “masculinização” da Igreja e da
religião.
Para os estereótipos que,
muitas vezes, nos fizeram acreditar como verdadeiros.
Assim como retrataram para
nós, Deus como um homem branco, também tiraram de sua essência o feminino que
há nEle, nEla. Sim, pois Deus é uma Divindade tanto masculina como feminina.
Lembram se de Paulo I quando dizia que “Deus é mais Mãe do que Pai”?!
Se assim não fosse, estávamos
perdidos pois é a Mãe que sempre perdoa, que acolhe e nos põe em seu colo
protetor.
Meus queridos, conheço uma
pequena história que quebra todos esses estereótipos:
-Um grupo de sábios e santos
teólogos rezavam e jejuavam pedindo a Deus que a um deles fosse dada a graça de
ser escolhido para ter a visão da Face celestial.
Em determinado momento - depois de muito jejum e oração - um Anjo do Senhor apareceu e convidou um desses santos para ver o Rosto de Deus. Os outros permaneceram em oração e penitência.
Depois de muito tempo, o
escolhido voltou com os olhos esbugalhados e respiração ofegante. Expectativa
geral.
“Como é Deus?”, um deles ousou
indagar. Para espanto deles todos, a reposta foi curta e grossa: “Ela é negra!”
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