FOME E PROSTITUIÇÃO
Irmãs e irmãos da Fraternidade Leiga do Irmãozinho Carlos,
Vou contar para vocês uma história verdadeira, vivida
quando militava na Pastoral da Mulher Marginalizada:
Ela era sem dúvida, a mais velha entre as prostitutas
que militavam naquela praça. Talvez não fosse tão idosa, porque a vida útil da
prostituta é menor que a do jogador de futebol. Suas condições de trabalho
acabam logo com ela.
Seu rosto era tão enrugado que o rouge (o que se usava
naquela época) não espalhava direito sobre seu rosto. Para atrair os clientes,
numa competição com mulheres muito mais moças e bonitas, ela não exigia que
eles usassem preservativo. E, irmãs e irmãos queridos, era época no auge da
AIDS.
Perguntei a ela- “Amiga, você não tem medo da AIDS?”
Ao que ela me respondeu:
- “Dona, eu tenho medo da fome” ...
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