EREMITÉRIO DE ASSEKREN (casa de Foucauld)
Deixamos hoje aqui um resumo sobre um dos lugares onde São Carlos de Foucauld viveu.
Réplica do primeiro, 50 a 60 km desse outro, no coração do Ahaggar, numa montanha em forma de plataforma chamada Assekren, mais de 2.600 m de altitude. Dois cômodos: um quarto para duas pessoas e uma capela.
Os eremitérios de Tamanrasset estão mais próximos da
concepção primitiva de Nazaré de 1896 do que de Béni-Abbès= oposto do que
lembra um mosteiro. Ele já não fala de 30, mas apenas de um companheiro (o
quarto de Assekren era para duas pessoas).
São como uma casa qualquer da aldeia. Ele pode considerar-se
“do país”. Entregue de todo aos Tuaregues, voltado de todo a eles, morando em
casa como a deles. Nada o afastará deles: nem sino, nem campainha, nem muro,
nem claustro, nem capela aparente. Reza no fundo de sua casa, onde trabalha e
familiarmente, recebe os que o procuram. Sempre ávido de silêncio e de
recolhimento, mas não foge dos Tuaregues. Quer penetrar no meio deles, por isso
esse tipo de construção.
No Assekren seguem as tribos que passam o verão na montanha.
O padre de Foucauld leva agora sua clausura dentro de si, pois pretende ficar
monge, e monge ficará até o fim.
Os dois eremitérios tinham a aparência de uma comunidade. Só
é previsto um companheiro.
Em 13/05/1911, escreve uma carta mostrando que deseja,
agora, só um ou dois companheiros, pequenos grupos, pouco numerosos, para que
possam viver uma vida muito simples, pobre, misturada com o meio.
Mantém o caráter monástico e contemplativo de sua fundação.
As construções do Hoggar mostram que o Pe. De Foucauld sonha com uma autêntica
vida religiosa, contemplativa, sem encargo de ministérios, sem pregação, mas
bem simplesmente misturada às pessoas na pobreza de um verdadeiro labor e em
testemunho de um total amor fraterno. Sonha, numa palavra, em “Gritar o evangelho
por toda a sua vida”.
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